Licitações para aeroportos regionais começam em abril

Estado do Rio terá nove cidades contempladas, sendo dois aeroportos novos, em Volta Redonda e Nova Friburgo

O Estado do Rio terá nove aeroportos regionais em operação, dois deles ainda por sair do papel, que serão instalados nos municípios de Volta Redonda e Nova Friburgo, onde já foram feitas desapropriações de terrenos. A licitação para as obras de todos os aeroportos deverá começar em abril deste ano. O valor total destinado pelo Governo Federal para as obras no Rio é de R$ 273,4 milhões, de acordo com o Plano de Aviação Regional anunciado em dezembro de 2012.

O investimento destinado a cada um dos aeroportos, no entanto, ainda não está definido. Tudo dependerá das avaliações finais dos estudos de viabilidade que ainda estão sendo feitos, disse ontem o subsecretário estadual de Transportes, Delmo Pinho. Ele, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, e o Secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, tiveram um encontro na última sexta-feira, no Rio, quando foram apresentados os detalhes do programa.

A secretaria de Transportes apresentou sugestões para qualificar a infraestrutura aeroviária, visando a implantação de linhas regionais regulares e a adequação dos aeroportos existentes para a operação de aeronaves com capacidade para 40 passageiros em voos por instrumento. “Pode haver mudança nos valores destinados ao Estado. Mas somente a conclusão dos estudos dirá. Achamos que o Rio foi bem aquinhoado no programa. Vamos ter uma malha qualificada.

As cidades de Itaperuna, Resende e Angra dos Reis, por exemplo, já têm uma estrutura básica de pistas e pátios. Faltam novos terminais de passageiros, ampliação de pátios, entre outros itens”, detalha o subsecretário. Ele enfatizou que todos os aeroportos são dotados de pistas de pouso em condições.

Já o aeroporto de Cabo Frio, hoje com o Grupo Libra como operador, é considerado o mais completo por conta do investimento anterior feito pelos governos Federal, Estadual e Municipal. Os recursos para as obras serão do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fenac). Até agora, foram contratados levantamentos topográficos em novembro do ano passado e o prazo de execução dos estudos é de 90 dias a contar da data da contratação.

Para uma fonte do setor, não necessariamente os aeroportos regionais terão um grande fluxo de passageiros. Pelo menos não nesse momento. Mas com a crescente mudança de perfil de negócios, que leva cada vez mais empresas para o interior do Estado — movimento que o Rio de Janeiro vem experimentando de forma mais constante nos últimos anos — leva cidades como Volta Redonda, Resende, entre outras a ter justificativas mais do que consistentes para a modernização de aeroportos.

“Por que Resende nunca vai ter um aeroporto com milhões de passageiros circulando? Porque sua funcionalidade está em aproximar esta e outras cidades de outros centros econômicos. Se sair do Rio para Resende leva pouco mais de uma hora, até São Paulo são ao menos três horas. Um aeroporto resolve e muito”, explica a fonte, acrescentando que os aeroportos regionais como o de Resende, por exemplo, foram projetados com pistas e pátios para aeronaves Bandeirantes.

Para o mesmo especialista, a realidade hoje mostra que, para aeroportos menores, os modelos ATR serão uma boa opção para transporte de passageiros até 50 lugares. Estes aviões são usados por companhias como Passaredo e até então pela Trip, agora incorporada pela Azul Linhas Aéreas.

O Plano de Aviação Regional foi lançado em dezembro de 2012 pelo Governo Federal, com o objetivo de fortalecer e ampliar a malha de aeroportos regionais. Pelo projeto,os investimentos previstos são de R$ 7,3 bilhões em uma primeira etapa do plano, que contempla 270 aeroportos regionais.

Pelo plano, 67 aeroportos da região Norte receberão R$ 1,7 bilhão; os 64 do Nordeste ficarão com o maior montante: R$ 2,1 bilhões; enquanto R$ 924 milhões serão destinados a 31 aeroportos do Centro-Oeste; R$ 1,6 bilhão para 65 aeroportos do Sudeste; e R$ 994 milhões para a região Sul, com 43 aeroportos.

Fonte: Jornal Brasil Econômico.